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Origem do café

Origem do Café: da Etiópia para o Mundo!

A descoberta das primeiras plantas de café é cercada de lendas e misticismo. Alguns acreditam que há relatos até mesmo no Velho Testamento, sendo café o “milho seco” que Abigail deu a Davi e Boaz deu a Rute. Outros estão convencidos de que o “caldo preto” dos Espartanos era café. Petrus de Valle, um historiador italiano, acredita que Helena de Troia e outras mulheres da corte de Priamus afogavam as mágoas com jarros de café. Mas afinal, qual a verdadeira origem do café?

O fato é que, embora a origem do café não seja claramente conhecida, as principais lendas e relatos remontam aos anos 575 a 850 DC, na região onde hoje é a Etiópia. Uma dessas lendas conta sobre um pastor etíope, chamado Kaldi, que percebeu suas cabras ficarem agitadas depois de comer umas frutinhas vermelhas. Curioso, resolveu experimentá-las e constatou que de fato elas o deixaram bastante disposto durante muito tempo. O pastor então, resolveu contar a novidade ao líder religioso local, que aproveitou da experiência para preparar uma bebida quente feita com os grãos secos que o mantinha acordado durante as cerimonias religiosas.

Uma outra lenda sobre a origem do café fala sobre um homem chamado Omar, condenado a morrer de fome no deserto perto da cidade de Mocha, no Iêmen (na península árabe). Uma visão de um belo pássaro o conduziu até um arbusto de onde ele comeu as frutinhas avermelhadas. Isso lhe deu força e disposição para retornar à Mocha, onde sua sobrevivência foi interpretada como um sinal de Deus de poupá-lo para transmitir à humanidade o conhecimento sobre o café.

Na Arábia, a infusão do café recebeu o nome de kahwah ou cahue (ou ainda qah’wa). Na língua turco otomana era conhecido como kahve, cujo significado original também era “vinho”.

Os rumos do café a partir do século XV

A partir do séc. XV o consumo do café se estabelece como uma bebida considerada sagrada pelos muçulmanos, consumida nas mesquitas durante as cerimônias de cânticos de devoção, mantendo quem a consumia sempre desperto e atento. Graças ao bem estar proporcionado, o café era comumente receitado por médicos da época. Já no séc. XVI, o costume de apreciar a bebida em Casas de Café, especialmente na Pérsia e Turquia, tomava proporções consideráveis. O café, um prazeroso estimulante, era associado à sociabilidade, inspirava artistas e inflamava as mentes de estudiosos.

Inicialmente era consumido como uma pasta misturada à gordura animal, como uma infusão preparada com suas cascas e polpa ou com a polpa e o grão ainda verde. Posteriormente, os grãos começaram a ser secos ao sol visando a estocagem por maiores períodos. E finalmente, veio a torração do grão. Não se sabe ao certo como esses passos foram tomados, mas, tendo em vista que o café era objeto de admiração e curiosidade dos cientistas (médicos) da época, é de se imaginar que diversas experiências foram realizadas até chegar ao mais próximo da bebida atualmente consumida.

Conquistando o mundo

No final do séc. XVI a famosa bebida do Oriente Médio atingia a Europa. Os venezianos foram os primeiros a firmar o comércio do novo produto com Meca, não tardando o café conquistar a Itália. Levado para Marselha no séc. XVII, logo atingiu Paris. Nesse mesmo século, Alemanha, Inglaterra e diversos outros países o adotaram. Diante do sucesso alcançado, os árabes cuidaram de impedir que qualquer semente deixasse seu território. Porém, os holandeses conseguiram tal façanha e, juntamente com os franceses, foram os responsáveis pela inicial disseminação do café pelo mundo através de suas colônias na África, América Central e do Sul do séc. XVI ao XVIII. No séc. XIX a jornada do café completava-se no Quênia e na Tanzânia, na época colônias alemãs, ironicamente próximas ao seu berço – a Etiópia – depois de nove séculos circundando o mundo.

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