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Da lavoura à sua xícara – Parte 3

Continuando nossa jornada…

Depois da classificação, as sacas de café (60kg de café verde) são precificadas e compradas pelas indústrias de torrefação e moagem – como o Café Carneiro.

Nesta fase acontece a torração, moagem e envase (embalagem) do café para que sejam comercializados em supermercados, padarias, etc…

 

– Torração

Em se tratando de café, o processo de torração é uma das etapas mais importantes para se chegar à uma bebida de qualidade. Ela deve ser suficiente para que o desenvolvimento do sabor e aroma – tão particulares do café – aconteçam sem que os grãos se queimem e acabe por comprometer a qualidade da bebida.

De um modo geral, para a torração convencional, a faixa de temperatura usada é de 200 a 230oC por cerca de 12 a 20 minutos. Inicialmente, ocorre a desidratação dos grãos, com uma ligeira mudança e o odor característico de “amendoim” e “pão torrado” – ao mesmo tempo e que os grãos se tornam amarelados. Após isso, acontece um repentino aumento da temperatura por conta da drástica mudança da composição química do grão que causa escurecimento dos grãos. Ao liberar CO2, os grãos se expandem e diminuem sua densidade.

Finalizadas as reações que formam o inconfundível aroma do café torrado, é necessário que o processo seja interrompido através do resfriamento dos grãos na saída do, normalmente, feito por borrifo de água ou ar frio.

A caracterização do grau de torração é normalmente estabelecida pela cor do grão – claro (torração americana), médio e escuro – ou pela perda de massa (comumente chamada de perda de peso).

 

– Moagem

Depois de torrado, o grão pode ser moído (café torrado e moído) ou diretamente embalado, seja para uso em máquinas de expresso ou para quem deseja moer o café em casa.

Para o “torrado e moído”, o grau de moagem e o tamanho das partículas do pó são fundamentais para a extração de uma boa bebida. Pós muito finos tendem a amargar a bebida, enquanto os grossos demais podem deixar de extrair todo o potencial de sabor. Neste caso, a moagem média pode ser melhor opção para diversos tipos de preparo (como citado no texto “Métodos de Preparo”).

 

– Envase

Depois de moído (ou mesmo para ser comercializado em grãos torrados), o café precisa ser adequadamente embalado para garantir que toda a sua qualidade chegue até a casa do consumidor. Todos sabem da delícia que é abrir uma embalagem de café e sentir aquele aroma único, não é mesmo?

As embalagens mais comuns encontradas no mercado são a: almofada, vácuo e pouch. É importante que todas as embalagens sejam devidamente seladas para que não haja perda de aroma.

 

E por falar nisso, logo, logo o Café Carneiro terá mais uma novidade para vocês…

 

 

Fontes:

MENDES, L. C.; MENEZES, H. C.; KOIKE, M. A.  Study of the roasting parameters and beverages quality of dry processed and wet unfermented processed robusta coffees. In: 19th International Scientific Coloquium on Coffee, 2001, Trieste. ASIC

MENDES, L. C.; MENEZES, H. C.  Modeling the degree of roast of an arabica coffee – a tool to optimise the process. In: International Congress on Engeneering and Food – ICEF, Montpellier. 279-284, 2004

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